segunda-feira, 13 de abril de 2009

Appaloosa - Uma Cidade Sem Lei


A primeira coisa que chama a atenção no filme Appaloosa é a capa. Ed Harris está muito mais para Clint Eastwood. Foi um pouco decepcionante saber que na verdade não era ele, mas todo o elenco acaba empolgando. Ed Harris, Viggo Mortensen, Renée Zellweger e Jeremy Irons. Você vai para casa pensando em assistir a um bom filme de faroeste. Mas, infelizmente, esse não é o resultado. Esse filme desvia-se por alguns momentos das propostas que westerns antigos, já citados no blog, propuseram: muita malícia e tiroteios emocionantes.
No filme Mortensen e Harris fazem os papéis respectivamente de Everett Hitch e Virgil Cole, dois pacifistas, como o próprio Hitch os define no começo do filme. São cavaleiros sem rumo. Andam de vilarejo em vilarejo para trazer paz aos lugares que são importunados por bandos que roubam as pequenas cidades, fazem o que querem das mulheres e ainda por cima, matam xerifes e seus auxiliares. É o que Jeremy Irons faz no papel de Randall Bragg.
Bragg é responsável pela morte de um fazendeiro conhecido na região e sua mulher. O xerife vai tirar satisfação com o bando. Ele também acaba morto. Bragg nega tudo. Ele não viu nada e nem ninguém. Cole e Hitch não acham a mesma coisa, e acreditam que Bragg tem muitas explicações a dar!
Viggo Mortensen se dá muito bem no papel, sempre com sua calibre 8 embaixo do braço, e mostrando que sabe como usar a arma. Caras com pontarias certeiras sempre são os melhores papéis em filmes de western. São eles que envolvem o público. Cole é o cara do diálogo e das ordens. Ele que determina o que é ou não necessário fazer e quais atitudes tomar. Toda essa pose de mandão se desmancha quando Renée Zellweger entra em cena, no papel de Allie. A viúva loira, bonita, limpa (ela toma banho todos os dias – isso deixa Cole encantado) e sozinha. Muito sozinha! O que, além de uma linda mulher sozinha, poderia fazer o coração de um bruto amolecer? Cole deixa-se levar facilmente por Allie, e no meu ponto de vista, isso acaba com o personagem.
Aparentemente Hitch também tem um certo tombo por Allie. Mas é obvio que ele jamais passaria por cima de Cole. E a trama, que prometia muita ação e malícia por parte dos protagonistas, gira em torno de Allie, seu sorrisinho meigo e uma voz quase infantil (a Zellweger que todos já conhecem).
Cole consegue levar Bragg a julgamento, assim, de uma hora para outra, e ele é condenado a forca. Os comparsas de Bragg acabam seqüestrando o bem tão precioso de Cole (aliás, ele até comprou uma casa para eles; apressadinho não?), Allie. Ele solta Bragg e vai atrás de Allie. E adivinha só... ela já está com outro, o seu seqüestrador. Que coisa mais chata, não?
Depois da entrada de Allie no filme o personagem de Cole deixa de ser interessante. Ele passa uma imagem fraca para o espectador, o amor não o fortalece na telinha. Já Hitch manda muito bem! Nada o atrapalha, não desvia sua atenção. Ele tem um “relacionamento” com uma prostituta da cidade, ainda quer combater os vilões e sempre manda bem com uma arma. Não se apega, como é de se esperar dos personagens de westerns. Dá pra se dizer que é quase um estereótipo que a gente cria depois de assistir tantos filmes de western.
O filme possui poucas cenas de ação. Ele é mais baseado na conversa dos dois protagonistas, que falam mais com o olhar do que com palavras. E isso é o mais bacana do longa, a relação de Cole e Hitch. Eles realmente sabem o que fazem, e isso gera uma certa admiração por parte do espectador, que já sabe que não adianta o vilão querer dar uma de metido a besta, ele vai sair perdendo – de um jeito ou de outro. Não dá pra dizer que o filme é totalmente decepcionante, mas fica muito atrás de filmes como “Os Imperdoáveis” e “Sete Homens e Um Destino”, que valorizam muito mais a ação e a contextualização.

E algumas notícias que saiu hoje no Omelete. Jason Bourne não parou no terceiro filme não. Graças ao bom Deus! O quarto filme está para sair, com estréia em 2011. Aliás, faça essa experiência: pegue os 3 Bourne num único fim de semana e assista! Não dá pra negar que os filmes tem seus exageros e absurdos. Mas as cenas de perseguição são muito bem feitas, e o personagem sempre agrada! Matt Damon já está contratado para o quarto filme de série, que não será baseado nos livros de Robert Ludlum. Boatos de que a próxima aventura será na Amética Latina.
Mal saiu o quarto filme de Velozes e Furiosos e já estão pensando no quinto filme. Esse acredito que seja um exagero. Apesar de que as bilheterias brasileiras estouraram com o filme, foi realmente um sucesso. E o quinto filme pode ser gravado aqui no Brasil. Paul Walker deixou escapar numa rádio americana que pelo sucesso e lucro que rendeu o quarto filme, ele e Diesel vão estar no quinto e é provável que as corridas sejam gravadas aqui no Brasil! Vamos esperar pra ver...
Por hoje é só! O tempo tá curto...

Por Fernanda Giotto Serpa


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