quarta-feira, 8 de abril de 2009

Duas Vezes Clint


“Fuga de Alcatraz”, com Clint Eastwood, 1979. A história é muito parecida com “Um sonho de Liberdade’, com Morgan Freeman e Tim Robbins, 1995. Uma diferença entre eles é que a prisão do personagem de Eastwood é justa, já Tim Robbins é inocente! Ambos os filmes são bons. Aliás, “Um Sonho de Liberdade” é um dos meus prediletos. Outra diferença é que “Fuga de Alcatraz” foi baseado numa história real, já “Um Sonho de Liberdade” foi baseado na obra de Stephen King.
Os dois filmes contêm uma dose exata e necessária de suspense, comédia e aventura. Os dois personagens são inteligentes, ambos com QI superior. Ambas as prisões são reconhecidas como “impossível de escapar”, e em ambos os filmes há os colegas e amigos presidiários. E claro, sempre tem um gay procurando a sua “mulherzinha”, como se fala no filme “Fuga de Alcatraz”.
Considero-me suspeita para falar, pois sou fã de Eastwood. Aliás, assisti outro filme com ele. Um western, “A Marca da Forca”, de 1966. Um filme antigo que mostra o quanto Eastwood já pagou de galã no cinema. Posso dizer que escolhi filmes que me agradaram. Mas voltando a falar de “Fuga de Alcatraz”, ele conta a história de um ladrão famoso por sempre conseguir escapar das prisões para onde era mandado. A última e única solução foi mandá-lo para Alcatraz, conhecida também como Rocha. Fica no meio do mar, à 1,5km de São Francisco. Impossível de sair e só entra se for convidado. O personagem de Clint, Frank Morris, não é considera isso tão impossível. Um cara inteligente, mas principalmente discreto. Contorna bem as situações, não chama a atenção. Apenas mais um conformado com seus longos anos em Alcatraz. É aí que todos se enganam. Pensando um pouco ele descobre uma maneira de sair, convoca alguns colegas e juntos, com paciência arquitetam e botam o plano em prática. É impossível não entrar no clima.
O mesmo acontece em “Um Sonho de Liberdade”, Tim Robbins, no papel do bancário, inteligente e discreto. Pensa e arquiteta um plano para sair da prisão. No filme ele faz tudo sozinho, mas lembra muito “Fuga de Alcatraz”.
A trilha sonora é importante para qualquer filme, já que passa para o espectador sentimentos e emoções em relação ao que está acontecendo, ou ainda vai acontecer naquela cena. No filme a trilha sonora de suspense é muito bem utilizada. Mas o que é melhor ainda são os momentos de silêncio, o que causa muita tensão e expectativa. Brilhante! O roteiro do filme é realmente muito bom. O filme foi todo gravado na verdadeira ilha de Alcatraz, mas durante as filmagens as visitas turísticas ao local continuaram. Isso atrapalhou muito a gravação do filme, a solução encontrada pelo diretor foi a mudança de horários de gravação. A grande maioria das cenas do filme foi gravada durante a noite, quando não havia movimento algum de turistas.
O outro filme que assisti com Clint Eastwood é muito diferente desse. Ele conta a história de um ex-delegado, Jed Cooper, que largou o cargo e comprou um gado para levar uma vida tranqüila como fazendeiro. Engano dele. Um grupo de “justiceiros” encontram-no e o acusam de ter roubado o gado de um conhecido deles e feito o serviço completo – matado o homem e seu irmão. Jed Cooper (Clint Eastwood) nega tudo e mostra o documento de venda com a marca do vendedor. Infelizmente alguém pregou uma peça em Cooper, e ele comprou um gado roubado. Os justiceiros não acreditam, e enforcam o ex-delegado. O grande erro deles é não terem feito o serviço completo. Cooper consegue escapar - e agora só pensa em vingança. O filme se resume nos papéis da caça e do caçador. Esse foi o primeiro western americano de Clint Eastwood. E não precisou de mais um para marcá-lo como o durão do cinema, com suas expressões fortes e marcantes. O cara tranqüilo, racional, calculistas com uma grande sede de justiça. Esse é o Clint dos tantos westerns. Personagens que não canso de assistir.
O nome do filme de 1968, “A Marca da Forca” tem um sentido completamente literal. É a marca da corda que ficou no pescoço de Jed quando quase morreu enforcado. É sempre bom estar acompanhada de Clint Eastwood, é fácil saber que a sessão de cinema vai dar bons frutos. Ainda tenho Ben-Hur para assistir. Mas para esse foi reservar uma madrugada inteira!
E como falei sobre o Lanterna Verde essa semana, deixo para vocês o primeiro trailer que a Warner soltou sobre o filme! Enjoy!!!




Por Fernanda Giotto Serpa

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