domingo, 5 de abril de 2009

Onda de Filmes

A minha sessão de cinema de domingo acabou, infelizmente. Amanhã é dia de visitar a locadoJustificarra mais uma vez em busca da minha sessão de cinema de segunda. Pois bem, por onde eu começo... Vejamos, assisti 4 filmes. Todos me agradaram. Coisa difícil de acontecer ultimamente. Mas vou falar especialmente de Sete Homens e Um Destino.
Western, 1960, Steve McQueen, Yul Brynner, James Coburn, Charles Bronson, Robert Vaughn. Simplesmente vale a pena conferir. A história é baseado no famoso filme de Akira Kurosawa, Os Sete Samurais, de 1954. Não posso dizer nada sobre esse filme, já que ainda não o assisti. Mas as críticas dizem que o diretor John Sturges, de Sete Homens e Um Destino, conseg
uiu ao menos se igualar a Kurosawa.
A história é a seguinte. O ladrão Calvera (Eli Wallach) e seu bando atacam periodiacamente um pequeno vilarejo mexicano, levando quase toda sua colheita e mantimentos. Os fazendeiros e suas famílias sempre ficam com muito pouco para mantê-los até a próxima colheita. O filme começa mostrando uma cena assim. Com a partida de Calvera do local alguns homens do vilarejo resolvem mudar essa situação. O mais velho, tido como mais sábio, diz que eles devem ir à cidade mais próxima, comprar armas e lutar contra o bando de Calvera. E é isso que eles fazem. Chegando a cidade que faz fronteira com os EUA eles encontram Chris (Yul Brynner) e Vin (Steve McQueen), dois pistoleiros desempregados. Eles os contratam por apenas U$20,00. Chris e Vin encontram mais 5 pistoleiros para fazer o serviço, cada um com seus motivos por aceitar um serviço por um pagamento tão pequeno. Juntos eles ajudam o pequeno vilarejo a se armar contra Calvera.
É incrível como uma produção mais antiga, com uma produção mais precária, comparada aos
dias de hoje, consegue ser tão boa e envolvente baseada somente num roteiro. Não há grandes efeitos e algumas atuações também pecam. Mas a maneira como o roteiro se desenvolve é muito bom. Prende o telespectador durante todo o filme. Outra coisa notável é a utilização das câmeras. Ângulos bonitos e atrativos, câmeras paradas com sutileza. Algumas cenas são mais escuras que deveriam, isso não se pode deixar de negar, mas incomoda, pois o ângulo como aparece acaba por fazer valer a pena. E o que dizer da trilha sonora...empolgante! Apenas uma música que faz toda a diferença, passando o clima de aventura e ação, com um gostinho antecipado de vitória, mas sem estragar o desenvolvimento do filme. Você chega a torcer pelos sete homens. Inclusive a trilha sonora concorreu ao Oscar de 1960.
Não adianta, não fazem mais filmes assim atualmente. O último western que eu assisti, produzido ano passado, foi “Os Indomáveis” com Christian Bale e Russel Crowe. O filme é bom, mas trabalha com clichês e alguns absurdos, eu diria. Vale a pena assistir ao filme pela atuação de Ben Foster. Os filmes de hoje são baseados nos antigos, mas não conseguem alcançar o mesmo sucesso e a mesma naturalidade. É como “Os Imperdoáveis”, o melhor na minha opinião, com Clint Eastwood. Ou “Butch Cassidy and Sundance Kid”, com Paul Newman e Robert Redford. Ou ainda “Tombstone”, com Kurt Russel e Val Kilmer. Os “bad guys” que conseguem ficar com tipo de bonzinhos, sem forçar no roteiro ou na atuação dos personagens. “Os Indomáveis” não tem esse tempero. Você só passa a admirar Bem Foster, ele está muito bem no papel.




“Queime Depois de Ler” foi outro filme que assisti. O filme é dos irmãos Cohen, que fizeram também Onde Os Fracos Não Têm Vez. Comentando rapidamente, posso dizer que o roteiro é muito bem bolado. Tudo acontece por causa de algumas cirurgias plásticas e depois de uma demissão. A trama do filme é apenas um mal entendido, que conta com divórcios ás avessas, casos em sites de relacionamentos e como já falei, cirurgias plásticas. Brad Pitt e J.K. Simmons fazem apenas uma pontinha no filme. Inclusive dá para sentir vergonha do personagem de Brad Pitt - um cara extremamente ridículo que tem seu ego bem inflado. Para a mulherada ter uma noção, ele nem chega a ser sexy nesse filme.
A maioria das cenas é roubada por George Clonney, John Malkovich e Frances McDormand. Cox (Malkovich) é despedido da CIA por alcoolismo. E ele resolve escrever um livro de memórias sobre o tempo que trabalhou na CIA, contando alguns segredos também. Porem, ele não fazia parte do alto escalão, ele é um peixe pequeno, como o chamam no filme. Sua esposa, representada por Katie Fox, que tem um caso com George Clooney, descobre e rouba as informações para usar no divórcio que está prestes a pedir.
Esse CD, que contem as memórias, nada relevantes de Cox, vai parar nas mãos de Brad Pitt, que o acha no vestiário da academia onde trabalha. Achando que contém informações valiosas, une-se com Frances McDormand e resolvem chantagear Cox – McDormand quer fazer urgentemente cirurgias plásticas. Enfim, eles acabam envolvendo também a Embaixada Russa. É uma bagunça total, mas que fica muito bem explicado no final do filme. É um filme irônico, me lembra muito aqueles filmes ingleses. Não é uma comédia de se matar rindo, mas é irônico e inteligente, com certo ar fúnebre. Assista e você vai entender.
Acho que ainda vou assistir 007 – Cassino Royale. Já assisti no cinema e gostei. Porque não assistir mais uma vez, certo? Amanhã comento sobre Cidadão Kane e Antes do Anoitecer. Por hoje é só. Recomendo com toda a certeza do mundo “Sete Homens e um Destino”. Vale muito a pena ver. Não julgue pela data do filme ou pela produção. A qualidade do roteiro cobre qualquer falha que o filme possa ter.
Até amanhã e curta algumas imagens do filme “Sete Homens e um Destino” e a trilha sonora. Ouça, e veja que não estou mentindo...





Por Fernanda Giotto Serpa

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