terça-feira, 28 de abril de 2009

Faroeste em Nova Iorque

Ele não tem o gatilho mais rápido do oeste. As vezes sequer anda armado. Não luta como o Van Damme ou Chuck Norris. Mesmo assim tem a prepotência do Mac Gyver (série famosa da década de 80 – Profissão Perigo, no Brasil) e a calma de um monge para discutir com as pessoas, principalmente as mulheres. Coogan ( Clint Eastwood) é um subxerife de sua cidade, no estado do Arizona (Ai de qualquer um que o confunda com um caubói do Texas), que é designado para transferir um preso de Nova Iorque de volta para sua jurisdição. O caubói chega a cidade grande desejando retornar o mais breve possível. Logo percebe que os entraves burocráticos da própria lei não permitirão que a façanha se realize com tal rapidez. É aí que Coogan começa a ter problemas. Ele utiliza meios legais e ilegais para conseguir o que quer. E consegue. Pelo menos em princípio. Mentindo para alguns policiais Coogan consegue a liberação para transferir seu preso, Jimmy Ringerman, um bandido envolvido com drogas. Não demora e o castigo vem a cavalo, mesmo em Nova Iorque. Os comparsas de Jimmy atacam Coogan no aeroporto e promovem a fuga do garoto. Coogan está agora machucado e com uma ordem de não se meter mais no caso. Mas quem disse que ele para? Ele se levanta, ajeita o chapéu e diz: “Eu só quero fazer meu trabalho”. Sai em busca de pistas para achar novamente seu preso e cumprir sua tarefa. Nem precisa dizer que ele burla a lei novamente.
Notou quantas vezes Coogan foi citado no texto? E adivinha o nome do filme: Meu nome é Coogan (1968 - direção de Don Siegel). Mais ou menos desse jeito as coisas acontecem no longa. É difícil lembrar uma cena do filme em que Clint não apareça. A história é meio previsível e comum, mas vale a pena assistir pela forma como o ator conduz seu personagem. Vale também para ver que já naquela época ele tinha esse estilo rabugento recentemente visto em Gran Torino.
por Daniel Courtouke dos Santos.

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