domingo, 22 de março de 2009

Esse merece Play...

Terminei de assistir nesse exato momento “Rebobine, Por Favor”, com Jack Black e Mos Def. Uma inspiração para nosso próximo exercício na matéria de Cinema: reproduzir a cena de um filme.
Jerry, interpretado por Jack Black, leva um choque e fica magnetizado. Ao entrar em contato com os filmes da locadora, onde Mike (Mos Def) trabalha, apaga o conteúdo de todas as fitas VHS. A solução foi regravar os filmes. Eles são os atores, diretores, produtores e distribuidores das suas próprias fitas. Eles chamam esse novo tipo de cinema de Suecar. Vinte dólares por filme e você tem em mãos o filme que escolher – King Kong, Conduzindo Miss Daisy, 2001, Uma Odisséia no Espaço, Robocop, Os Caça Fantasmas, Carrie, Rei Leão, etc, etc, etc.
O incrível é a precariedade da produção, mas tudo baseada nos primórdios do cinema. Várias cenas mostradas usam técnicas da época dos Irmãos Lumière, e principalmente de George Méliès, que inclusive já foi citado aqui (Veja: E o ponto de partida foi um trem...). Ele criou a trucagem, que é quase uma ilusão. É capacidade de parar de filmar propositalmente e incluir e excluir objetos na cena, dando a sensação de ilusionismo. Com uma câmera na mão qualquer um pode fazer isso, inclusivo Mike e Jerry.
Além da fama dos filmes há outro motivo para continuarem as gravações em vez de comprar novas fitas, ou DVDs, o que seria mais plausível. O prédio onde está a locadora vai ser demolido por não estar em boas condições de uso. Danny Glover, que interpreta o dono da locadora, não tem condições de pagar uma reforma e vê sua locadora perdendo para os novos e tecnológicos concorrentes.
Quem faz uma pontinha no filme foi Sigourney Weaver, a protagonista de Alien – O Oitavo Passageiro. Aliás, assiste a esse filme, excelente suspense! Ficção científica como não se faz mais hoje em dia. Em Rebobine, Por Favor ela faz uma agente do FBI, aparece no máximo dez minutos do filme. Uma pontinha especial.
Assistindo ao filme fiquei com saudade de assistir VHS. A qualidade não é melhor e é um saco precisar rebobinar, mas fez parte da minha infância! O que posso fazer? Mas existe um ponto positivo em VHS sim! É muito mais fácil um DVD travar do que um VHS. E é muito irritante quando um DVD trava e você acaba perdendo alguns segundos do filme para continuar assistindo.
Gostei mesmo do filme! Talvez não tenha sido tão engraçado como eu esperava, assim que assisti ao trailer. Mas algumas cenas realmente valem a pena, como a primeira gravação – Os Caça-Fantasmas. Jack Black também vale muito a pena, eu sou suspeita pra falar, já que sou fã de Escola do Rock, adorei Tenacius D (um dos seus primeiros filmes) e me surpreendi com ele em King Kong (apesar de ter odiado o filme). Tudo bem que ele tem seus trejeitos comuns na maioria dos filmes, mas são trejeitos excelentes, adoro aquela cara de louco cômica. É quase um estilo Jack Nicholson, já imaginou se eles regravassem “O Iluminado”? Eu pagava 20 dólares fácil pra ver...
O filme é uma união de comédia com emoção. A trilha sonora no final, embalada por um som de piano não era esperada pelo tipo do filme, mas passou uma sensação muito boa para o espectador, uma sensação de missão cumprida, cheia de sentimentos. Outra coisa que obviamente não se espera é a aceitação dos clientes da locadora. Já se imaginou assistindo à um filme trash, caseiro e mal produzido? Uma coisa a lá You Tube, por 20 dólares? Essa foi a única parte realmente intrigante do filme, por que as pessoas assistiriam? Eu seria preconceituosa e pediria os originais novamente. Mas falando em You Tube, é bem isso que acontece hoje em dia, vídeos caseiros viraram febre e arrancam uma risada fácil. Talvez esse seja o segredo: avacalhar com tudo. Acho difícil admitir isso, gosto do cinema do jeito que ele é. Espero que isso continue somente no You Tube.
Assisti hoje também ao filme “Gran Torino” no cinema. Amanhã deixo meu parecer por aqui! De início...um verdadeiro Clint Eastwood!
Resumindo sobre “Rebobine, Por Favor”, aperte play de uma vez, mas não se preocupe em rebobinar!Assista ao trailer...


Por Fernanda Giotto Serpa

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