domingo, 15 de março de 2009

Coisas que nem o tempo muda


Voltando um pouco ao filme O Leitor, já que não tinha comentado ainda sobre esse filme até agora.
Como pedido e acidentalmente esquecido por mim, não assisti ao filme pelos cortes, acho que não sou muito bom em reparar nessas coisas, é meio que aquela coisa que você só percebe depois que recebe um empurrãozinho, e foi o que os comentários na aula me ajudaram. O filme realmente foca nos personagens, e em um de cada vez, ou em uma cena específica, para que os olhos não se desviem por um segundo daquilo que é para estar em foco na determinada cena.
O que eu notei e que não ouvi ninguém comentar tem a ver mais com o comportamento. Talvez a frieza dos personagens em expressar seus sentimentos, ou até mesmo a falta dessa expressão para mim foi o que mais chamou a atenção. E é o que acontece com muitas pessoas. Hoje em dia com a tecnologia, é fácil você “dizer” o que sente através do teclado do computador, mensagens de celular e etc. E no tempo em que se passa o filme, isso é demonstrado através das cartas, das fitas gravadas e todas essas formas indiretas de mostrar a preocupação um com o outro. E são atos que se repetem até hoje. A introversão que pode custar caro. Depois de tantos anos sem se verem, pela história que tiveram, depois das fitas gravadas e a forte conexão indireta entre Hannah e Michael, o último e apático encontro entre os dois, determinou o destino de ambos. E considerando a história que viveram, um tanto quanto trágico na minha opinião.

por Igor Shiota



Um comentário:

  1. Legal sua crítica, Igor. Interessante vc atentar para essa questão do comportamento e falar da frieza das personagens.

    =)

    [Andrizy]

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