quarta-feira, 6 de maio de 2009

Uma fofura!


Um pinguim precisa, necessariamente, ter uma linda voz. Não para Mano, que tem uma voz parecida com a de um menino adolescente. Acredito que todas as pessoas já viram um adolescente falando. O timbre da voz vai do grave para o agudo sem cerimônia - o tempo inteiro. É assim que Mano canta.
Ele não sabe cantar, mas tem um ritmo inigualável. Seus pés não se controlam e sapateiam o tempo inteiro. Mas isso não é o suficiente no mundo dos pingüins. É através da canção que os pingüins encontram seu verdadeiro amor. Logo, Mano está fadado a ficar sozinho.
Mano é na verdade uma aberração na natureza, inclusive seu pai também acha isso. Além disso tudo, Mano é também considerado culpado pela falta de peixes. Os verdadeiros culpados são os humanos, que estão realizando pescas na região. Mano, sem nada a perder, sai pelo mundo em busca de respostas e em busca do que ele chama de ET – os seres humanos.
O filme conta com as vozes de Elijah Wood como Mano; Hugh Jackman como Memphis, pai de Mano; Nicole Kidman como Norma Jean, mãe de Mano; Brittany Murph é Glória e Hugo Weaving é Noah. Robin Willians faz três personagens: Amoroso, Ramón e Cletus. Todo esse elenco resulta num filme pra lá de fofinho. Isso mesmo! Parece tosco dizer, mas é fácil se apegar ao pingüim sapateador – principalmente quando ele ainda é um bebê.
O filme é quase um musical animado. Eles cantam e dançam em sincronia. As músicas são animadas e a maioria são conhecidas. Prince e Queen fazem parte da trilha. Queen com a música Somebody to Love, que, em minha opinião, é simplesmente maravilhosa. Sou suspeita pra falar, já que sou fã de Queen. Quanto ao Prince não acompanho, mas a música que cantada por Nicole Kidman e Hugh Jackman é conhecida, sem falar que o ritmo é muito bom. Escute e assista abaixo:










Interessante no filme também é o papel do ser humano. Primeiro que os seres humanos são reais, não são animações. E segundo que o papel dele é diferente do que geralmente vemos em animações, como em “Procurando Nemo”, que vemos o humano destruindo a natureza com a poluição – que é absolutamente verdade. Em “Happy Feet” o ser humano atende ao pedido da natureza e ignora a atividade comercial de pesca que realizava no local. Surpreendente para mim.
E óbvio que não posso deixar de comentar sobre os personagens pingüins que ficam amigos de Mano durante o filme. São cinco pingüins, pequenos, aparentemente meigos, mas cheios de gracinhas e piadinhas que arrancam uma risada fácil do espectador.
Esteticamente o filme é muito bom. As cenas de dança são as que mais chamam a atenção, pela sincronia e perfeição, causando certa hipnose no espectador que não consegue deixar de olhar as cenas. As músicas e as danças são os pontos altos do filme, é o que faz o filme ser atrativo. E claro, o fofinho do Mano ainda bebê. Esse é impagável. Impossível não achar fofinho!

Por Fernanda Giotto Serpa

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