quarta-feira, 20 de maio de 2009

Quem sabe o último sobre "Os Infiltrados"

O que podemos concluir, depois de todo o trabalho, sobre o filme “Os Infiltrados”? Mais uma grande obra de Scorsese, obviamente, mas que leva certas características do diretor à risca. Primeiramente vou falar daquilo que está mais na cara: a trilha sonora. Os filmes de Scorsese nunca falham na trilha sonora.
No filme “Os Infiltrados” a principal música é “Gimme Shelter”, que é interpretada por ninguém mais, ninguém menos que a banda Rolling Stones – uma grande favorita de Scorsese. Seus filmes geralmente são embalados por trilhas voltadas para um rock´n roll, ou releituras de músicas mais clássicas. Além de Rolling Stones, Scorsese usa muito Eric Clapton, The Who, Beach Boys, Roger Waters e muitos outros nomes conhecidos por aí.
Outro ponto em comum entre os filmes de Scorsese é o psicológico do personagem exposto para o espectador. Táxi Driver, Cassino, Touro Indomável, A Última Tentação de Cristo trazem nos seus protagonistas conflitos ideológicos, que geralmente os levam ao auge e logo a seguir à derrocada. Como o personagem de Robert De Niro, em Touro Indomável, Jake La Motta, que começa como um grande lutador e termina como um comediante miserável. Ou ainda em Os Bons Companheiros, onde o personagem de Ray Liotta, Henry Hill, começa como um poderoso gângster e termina como qualquer um fugindo dos seus ex-companheiros. Táxi Driver é o extremo dessa busca pelo psicológico do personagem. De Niro é um veterano da Guerra do Vietnã totalmente perturbado, que não aceita os horrores do mundo. Toma atitudes controversas o tempo inteiro. A própria estética do filme ajuda na formação do personagem. Em Os Infiltrados temos Colin Sullivan, interpretado por Matt Damon, que está na polícia, mas é um infiltrado do mafioso Costello. E temos também Billy Costigan, Leonardo Di Caprio, que é da polícia e está infiltrado no grupo de Costello. São duas personalidades apostas, um contraste perfeito e claro. Mais claro que isso só o personagem de Jesus Cristo, no filme A última tentação de Cristo.
Já que falamos de Robert De Niro, podemos dizer que ele pode ser considerado uma constante nos filmes de Scorsese, já que esteve presente nas produções mais bem sucedidas do diretor. Na realidade era para ele ter participado de “Os Infiltrados”, mas por problemas de agenda Jack Nicholson foi escalado para o papel – o que ficou perfeito. A parceira começou no primeiro filme de sucesso de Scorsese – Caminhos Perigosos. Depois disso somente produções de sucesso acompanharam esses dois.
Os Infiltrados foi um filme de extrema importância para o diretor por ter dado a ele o Oscar de Melhor Diretor. Acredito que esse seja o ponto mais relevante da obra em relação a vida do seu diretor. Essa conquista, que em minha opinião deveria ter chegado antes com “Touro Indomável”, chegou em 2006.
É um filme com um roteiro muito bem trabalhado nas suas tramas principais. A principal conclusão que posso tirar desse filme é que ele é, com toda a certeza do mundo, um excelente filme. É impossível não ficar ligado o tempo todo para o desespero de Billy Costigan e para a cara deslavada de Colin Sullivan. Ou ainda, é impossível não admirar a atuação de Jack Nicholson!


Acredito que os trabalhos sobre "Os Infiltrados" acabam por aqui! O próximo trabalho é sobre o Experimentalismo Soviético. Esse tipo de movimento vem para negar o cinema como mercadoria. Eisenstein é, talvez, o maior expoente do movimento russo, que surgiu após a Revolução de 1917 com o intuito de promover a ideologia socialista.
O cinema como propaganda foi uma grande sacada do governo soviético. Mas o que mais chama a atenção não é a maneira como ele é usado, e sim como é feito. Numa época quase sem recursos os truques de montagem, planos, câmera lenta e rápida são usados com maestria pelos diretores.
Dois se destacam: Eisenstein, que eu já citei, e Vertov, que foi responsável pelo filme "O Homem e Sua Câmera", de 1929.
Um dos filmes mais conhecidos que partem desse movimento é "Encouraçado Potemkin", que mostra o proletariado triunfando. E claro que não podemos deixar de comentar a famosa cena da escadaria e do bebê. Inclusive o filme "Os Intocáveis" faz uma referência ao filme quando utiliza essa cena na escadaria do metrô.
Ainda não assisti Encouraçado (não deu tempo) e não consegui dar andamento do livro "Eisenstein", de Arlindo Machado. Mas assim que eu conseguir eu esboço alguma coisa aqui no blog.
Amanhã vou postar algumas fotos e vídeos do nosso ensaio no sábado, antes das gravações do remake da cena! Não coloquei hoje porque deu problema aqui no blog, e o vídeo não terminou de carregar. Se eu for tentar colocar mais uma vez vai demorar muito, e já passa das 2 da manhã. Então, amanhã eu vejo isso, ou melhor, hoje!
Por hoje é só! Desculpe qualquer erro no texto ou mesmo superficialidade e repetecos, mas é que tá tarde e estou muito afim de dormir! Hahaha...Qualquer coisa amanhã eu melhoro isso...FUI!

Por Fernanda Giotto Serpa

Um comentário: