domingo, 10 de maio de 2009

Um Eastwood

“A Troca” é um filme dirigido e produzido por Clint Eastwood. Nada comparado ao seu último, “Gran Torino”. O filme é estrelado por Angelina Jolie e John Malkovich. É baseado na história real de Christine Collins. Seu filho desapareceu em março de 1928. Ela saiu para trabalhar e quando voltou para casa ele não estava mais lá.
Ela procura a polícia e depois de 5 meses eles dizem ter encontrado o menino. Detalhe que o menino não era seu filho. Abrir a boca para reclamar da polícia não era algo tolerável, afinal a cobrança da mídia era tanta que cometer um erro desses levaria a polícia de Los Angeles ao ridículo. O que fazer para calar a boca de uma mãe que recebeu a criança errada? Chamá-la de louca e mandá-la para um hospício não foi uma decisão difícil de ser tomada!
A história conta a luta dessa mulher que só queria saber do paradeiro do seu verdadeiro filho. Ela também teve o apoio do pastor, vivido por John Malkovich, que falava pela difícil situação dela através de uma rádio local. Mais uma vez a mídia intervindo em polêmicas.
Por ser uma história verídica os fatos saltam muito mais aos olhos. Um pequeno problema do filme é a atuação de Angelina Jolie, que muitas vezes exagera nas emoções. Óbvio que não se espera outra coisa de uma mãe que perdeu o filho, o problema é que Jolie não é natural nas suas expressões. Ela tenta ser tão convincente que acaba por não passar essa impressão. Mas ela conseguiu concorrer ao Oscar de Melhor Atriz, e acabou perdendo para Kate Winslet, pelo filme “O Leitor”.
A coisa que mais se destaca no filme, além do drama vivido pela mãe, é o batom extremamente vermelho de Jolie. A impressão que se tem do filme é que a imagem é mais pálida, as cores não ressaltam. Você não enxerga o verde vivo da grama, ou mesmo a cor vermelha do bondinho, mas é impossível não notar o batom vermelho de Jolie contrastando com a cor pálida de sua pele.
O que causa um pouco de incômodo no filme é a paciência, educação e racionalidade da personagem quando se trata da polícia ou justiça. Ela sempre tenta manter o controle, de maneira educada e polida. Ela pede, implora, diz ”por favor” e nada acontece. Ela não desiste e pede “por favor” mais uma vez. Ela chora em casa, no trabalho, sozinha, mas nunca expressa os sentimentos. E sem falar na maneira como ela chora, colocando a mão delicadamente sobre a face, como as mulheres dessa década faziam, primar pelos bons gestos e boa educação. Isso você nota quando a prostituta que ela encontra no hospício fala alguns palavrões, e ela a corrige dizendo que não são bons modos para uma moça.
Num todo não dá para reclamar do filme. É um filme bom sim, mas nada comparado às outras produções de Eastwood como “Sobre Meninos e Lobos”, “Menina de Ouro” e Gran Torino. Um bom drama. O que choca é a maneira que se resolve o filme e por saber que isso realmente aconteceu. Não posso contar aqui, porque eu acabaria estragando o final para quem ainda não assistiu.
Assisti também ao filme “Marley e Eu”. O Dani já comentou o filme por aqui. O que posso dizer é que ler o livro é muito melhor que assistir ao filme. Eu sou dessa opinião em 100% das adaptações. Quando você lê o livro e depois assiste ao filme fica nítida a quantidade de detalhes importantes que são deixados para trás, devido a duração e andamento da história. Se muitos choraram no filme “Marley e Eu”, pode ter certeza que o livro é muito mais tocante. Nada substitui as palavras de quem viveu com Marley, são os sentimentos que estão ali. No filme a presença de atores conhecidos muda um pouco a idéia que você tem da história. Lendo o livro você cria os personagens na sua cabeça. Eu, por exemplo, achei que a Jennifer Aniston não tinha nada a ver com a verdadeira dona de Marley. Enfim, o filme é legal, mas não deixe de ler o livro.
Vou deixar hoje aqui também o primeiro cartaz que saiu do filme “Transformers 2”. Por hoje é só isso mesmo!

Por Fernanda Giotto Serpa

Nenhum comentário:

Postar um comentário