domingo, 31 de maio de 2009

Até eu conseguia essa façanha!

Domingo excelente para cobertas, sofá e filme. E claro que não podemos nos esquecer dos trabalhos, mas deixa pra lá, vamos falar de coisas boas. Um friozinho sensacional. Faltou tempo para assistir mais filmes. Mas hoje vou comentar aqui sobre “Jogo entre Ladrões”, com Morgan Freeman e Antonio Banderas. Geralmente falo de filmes dos quais eu gostei de assistir. “Jogo entre Ladrões” é o tipo do filme mais ou menos. Vamos para o resumo da história primeiro.
Morgan Freeman faz Ripley, um ladrão já conhecido da polícia. Ele faz aquele estilo Pierce Brosnan em “Thomas Crown – A arte do crime” - aquele que rouba os lugares mais impossíveis e passa despercebido, já que sua genialidade ultrapassa qualquer nível de inteligência humana. Antonio Banderas é Gabriel, um assaltante que está passando por dificuldades, mas recebe a proposta irrecusável de Ripley para participar de um roubo que vai lhe render 20 milhões de dólares. Os objetos do roubo são dois ovos Fabergé da coleção Romanov. Olha a máfia russa metida aí no meio.
O problema é que “Jogo entre Ladrões” não tem a mesma sutiliza de “Thomas Crown” ou “Onze Homens e Um Segredo”, por exemplo. É ridiculamente fácil roubar um cofre super protegido tecnologicamente, com teste de voz, digital, senha, câmeras. E claro que uns seis homens magricelas e idiotas protegendo o local deve ser uma coisa bem normal em locais que precisam de segurança máxima.
Primeiro que é um saco ver Antonio Banderas no papel do mocinho irresistível com aquele cabelo, aparentemente, banhado em óleo. E é triste ver Morgan Freeman fazer um papel tão fraco, analisando a genialidade e histórico do ator. Mas enfim, nem sempre as pessoas acertam.
O mais ridículo no filme é a maneira como eles arrombam o cofre. Imagine um cofre de segurança máxima que tem a opção de reescrever a senha mais de mil vezes se necessário. É preciso rir pra não chorar! E sem falar na maneira como eles conseguem burlar o sistema de voz. Eles conseguem a voz do russo falando todas as palavras que a máquina pede, mas no final ela faz uma pergunta que não estava no script. A pergunta era em russo e pedia se ele estava com fome. Morgan Freeman simplesmente responde que não e passa! Como assim? A máquina com tecnologia de ponta não sabe identificar a voz? Brincadeira! Até eu conseguia essa façanha!
Geralmente o que a gente espera de um filme com esse tipo de roteiro são cenas de ação e tensão. Você geralmente torce pelos ladrões, uma questão de empatia que gera entre o espectador e personagem. Aqui isso não acontece pela maneira ridícula que se desenrola a trama. O final é morno. No meio do filme você já imagina quem é quem. O filme termina e você fica com um sentimento de perda de tempo.
Não recomendo. Já assisti a filmes bem melhores com o mesmo tipo de roteiros, e que mesmo tendo partes absurdas conquistam o espectador. O outro filme que assisti foi “Foi apenas um sonho”, com Leonardo Di Caprio e Kate Winslet. Um filme mais denso e pesado, mas é melhor que “Jogo entre Ladrões”, com certeza. Recomendo pela boa interpretação de Leonardo Di Caprio. Venho o admirando cada vez mais como ator. “Foi apenas um sonho” trata de relacionamentos, decepções, frustações, enfim, não é muito legal para um domingo. Mas se puder, confira!
Por hoje eu fico aqui. Vou dormir e tentar me animar com a idéia de que amanhã já é segunda!

Por Fernanda Giotto Serpa

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