segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Uma boa comédia idiota!

Comédias idiotas fazem bem de vez em quando. Quem aqui não riu com “American Pie” (até o terceiro filme da série, o quarto e o quinto são ridiculamente idiotas – passam do ponto)? Ou “Todo Mundo em Pânico”? Ou ainda Borat (confesso que não gostei, mas a maioria acha engraçado e esse filme é muito idiota)?
“Sex Drive” não foge da fórmula dos filmes adolescentes sobre a virgindade. Muita conotação sexual, palavrões, contextos absurdos e um cara muito idiota envolvido no meio. O filme já começa com uma apresentação propositalmente tosca dos roteiristas do filme. Um diálogo montado e (mais uma vez) propositalmente mal ensaiado. Eles avisam que o filme não tem pudor nenhum, e já nessa apresentação isso é facilmente perceptível quando peitos e genitais começam a aparecer na telinha, que acaba gerando certo desconforto para quem assiste, mas no final resta dar risada. Durante o filme, mulheres nuas ficam aparecendo esporadicamente na tela. Idiota também.
No filme o cara idiota é representado por um menino, com 18 anos, virgem. O nome inexperiente é Ian Lafferty (Josh Zuckerman). Ele é atormentado pelo irmão mais velho e amigos por nunca ter transado com ninguém. Nada mais comum do que inventar um perfil falso num site de relacionamento e passar a conversa nas meninas.
Além disso, ele trabalha vestido numa fantasia de rosquinha dentro de um shopping. Mais piadas! O irmão mais velho, representado por James Marsden (Ciclope do X-Men), é um garanhão e que só ajuda a acabar com o moral do irmão. Ele também é dono do carrão que vai levar Ian por uma louca viagem atrás da linda mulher que ele conheceu na Internet, e que vai tirar a sua virgindade.
O ponto do filme que foge dos conhecidos estereótipos é a representação do todo poderoso, do garanhão da escola. Lance, representado por Clark Duke, aparentemente faz o estilo nerd idiota. Baixinho, gordinho, óculos – estilo “mamãe me vestiu”. Ele é o melhor amigo de Ian – o loser – pega as melhores meninas, e sabe muito sobre vida sexual ativa.
Outro que merece atenção é Seth Green, que faz o papel de um amish, e deixa o público sem entender se ele é um cara amável, ou se é violento. Ezekiel é o seu nome no filme, e é aparentemente caipira e obsoleto. Quando ele abre a boca mostra que entende tudo de tecnologia, e tira os meninos de algumas enrascadas com o carro do irmão mais velho de Ian. Mas claro, que por algo em troca.
Além disso, tem a melhor amiga. Felicia (Amanda Crew) anda com os dois meninos, e segue junto nessa aventura. Tenho que concordar que a situação é bem absurda. Três adolescentes, dentro de um carro, viajando pelo EUA, sem mais nem menos. Mas mais absurdas ainda são as situações que eles se metem. Enfim, ela gosta de alguém, que não gosta dela, e outro alguém gosta dela, mas ela não gosta dele. Típica confusão adolescente. Apesar de o filme estar recheado de besteiras, ele também tem um lado romântico, verdadeiramente meigo e sem segundas intenções.
Mas na essência “Sex Drive” é o tipo de filme para não pensar. Óbvio! Apenas assista, ache idiota e dê boas risadas.







Por Fernanda Giotto Serpa

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