
Tudo começa quando alguns assassinatos acontecem. Um homem mata um garoto infrator e em seguida tem que matar outro rapaz que passava pelo local. O jornalista Cal McAffrey (Russell Crowe) assume a cobertura do caso. Investigando a morte do menor, Cal acaba descobrindo uma história bem mais complicada do que ele imagina. No dia seguinte ao assassinato dos dois meninos, a assistente (e amante) do Congressista Stephen Collins (Ben Affleck) morre em um misterioso acidente no metrô. Stephen chora ao anunciar a morte da assistente e a mídia descobre que eram amantes. Com o escândalo o Congressista e McAffrey, que são amigos de longa data, se reaproximam. Collins procurava refúgio dos paparazzi, enquanto Cal queria o furo de reportagem. Assim, os dois mantêm uma relação de ajuda mútua. Vale à pena conferir essa história... É um filme muito bom de assistir, super envolvente. A trilha sonora prende a atenção e você se sente tenso durante todo o tempo.
Quero ressaltar, agora, os pontos jornalísticos debatidos nesse filme. Cal McAffrey é o jornalista principal da história, trabalha em parceria com a inexperiente Della Frye (Rachel McAdams), que escreve para o blog. E é através de Cal que são feitas as maiores críticas à indústria da fofoca, à corrida do jornalismo online e à falta de comprometimento e de responsabilidade de alguns jornalistas (em especiais blogueiros). É uma valorização ao jornalismo impresso. As primeiras alfinetadas aparecem logo, Cal lê o blog que Della escreve e decide sugerir fontes para ela, ao t

Durante toda a história, a chefe de Cal, Cameron Lynne, (Helen Mirren) cobra dele manchetes, matérias de capa, assuntos que vendam jornal. Esse é outro ponto interessante, será que o que os jornais procuram é realmente verificar a veracidade das informações ou vender!? Certo momento no filme, a jornalista descobre uma história escandalosa e diz para Cal que pretende postar no blog, ele fala mal dos blogs e ela decide não postar. Depois isso vira primeira capa de outros jornais e Lynne cobra deles qual o motivo por não terem publicado. McAffrey afirma que não tinham certeza se a mulher falava a verdade e optaram por não publicar e a chefe diz: “Não importa! Se for mentira, vira outra matéria de capa. O que importa é vender jornal”. Onde estão os valores? A ética? Até que ponto devemos nos submeter às imposições do local de trabalho?!
Perto do final do filme, McAffrey descobre toda a falcatrua e discute com o culpado (não vou dizer que é! Hahaha). O culpado diz que a noção de justiça dele é muito engraçada (se referindo ao fato de Cal afirmar que vai publicar toda a verdade) e o jornalista responde que existem pessoas, sim, que lêem jornais e que essas pessoas sabem diferenciar uma verdade de uma mentira, que as pessoas ainda valorizam o jornal impresso e que ele ainda é importante. Durante o filme, Cal comenta com Della que a história que estão descobrindo é muito boa para ser publicada no internet, mais vez, falando da falta de credibilidade do online.
E para que o filme ganhasse um brilho a mais, o final é simplesmente maravilhoso. A seqüência apresenta o jornal sendo impresso, enquanto a câmera acompanha todas as etapas do processo até a revelação de uma manchete que encerra a história. Não sei se só pelo fato de ser uma futura jornalista, mas achei uma forma grandiosa de terminar um filme tão bem produzidinho.
Aqui vai o trailer do filme e a dica: assistam!
Tatiana Olegario da Silva
O filme é bom mesmo! Mas não dá pra negar que os filmes já formataram um esteriótipo para o jornalista, e Intrigas de Estado seguiu a risca: o cara desleixado, solitário, com um carro furreba e um apartamento meia-boca...hahahahaha
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